O Embaixador do Seu Próprio País
Raul Seixas História Viva!
Em 1945, Salvador, Bahia.
Nascia um guri, que por azar, tinha o seu pé, dois meses mais velho, por ter nascido primeiro. Quinze anos depois começa a sua história no mundo da música.
Bahia! Feira da Indústria e Tecnologia. Boçais e donas de casas fascinadas por eletrodomésticos e pelas coisas da vida.
Nessa feira, tocava algumas bandinhas. Entre elas havia uma banda tal: Raulzito e “seus Panteras”. Um moleque que colecionava compactos de diversos artistas da época como; Jimy Hendrix, Elvis Presley, John Lennon, Little Richards e muitos outros, nessa fascinação após os textos Bíblicos de M. Thor.
Pensou!
- Quero ser uma grande Metamorfose Ambulante...!
Ele que estraçalhou com as regras do bom comportamento e a partir da singularidade de suas obras, destoado da pasteurização e da corrupção estrelosa que sempre caracterizou a sena local, entre o oportunismo e o sensacionalismo.
Embora já traquejado através de “seus Panteras”, marcado por sua infernal apresentação no fico em 1972, o Mestre apareceu para o grande público apenas em 1973 com Krig-há, Bandolo. Um dos mais importantes álbuns do Rock Brasileiro.
Naquela instância representou o contraste absoluto perante a ressaca, da tropicália. O pretensioso experimentalismo e o sub-progressismo que tentava mudar o Rock.
Assim como Ataúde no teatro, ele surgiu como barbárie, pelo prazer em transgredir na metafísica e nas dialéticas o grande vodu da sociedade ou o quase ateu, não sujeito a denominação e sua mortal conduta.
Em seu rito musical cultural que acreditou e desacreditou de tudo, pregou a amplidão da Liberdade para a sociedade e ofereceu rosas para aqueles que falharam em seu caminho.
A essência da grande Metamorfose Ambulante, da sua, da nossa Sociedade Alternativa, entre o místico e o ético, o sagrado e o profano, flagrou a trajetória do nosso País entre mínimos detalhes.
Correndo a história ou o que a ela pertencia, o nosso Mestre sacou com o fascismo da direita, hostilizou da esquerda, debochou dos ídolos dos sistemas, desfigurando-os em sua própria imagem.
Sartilizou a inocência do protesto! Chegou a ser hermético e mítico quando precisou, ou seja, quando a mídia destampou a sua ditadura que revisitou Don Ruan Dela Cruz, Wilian Black, Jorge Luiz Borges, Aleister Crowley e por vezes, curtiu ao analisar o mundo pela ótica cartiliana.
Surgiu! Foi contraditório porque nada mais que ninguém, sabia que não existia criatividade sem contradição.
Indomável ao seu fio condutor, sempre foi uma figura inteligente e autentica e jamais se rendeu ao monstro sist, o qual representa a figura no colo da aliança entre a política e a religião.
Percebendo as mudanças fantoches do poder, como dizia André Greede:
_ “Todas as coisas já foram ditas, mas como ninguém, é preciso escutar, recomeçar sempre”.
Desequilibrou a pasmaceira, sucesseira de gente nos anos 80. Com o grito primário desafiador do Rock n Roll.
No entanto, a maior lenda viva do Rock n Roll de todos os tempos, engajado como os Back Growds, a perfeição deu em um só canibal.
Coisa de Mestre e Discípulo.
Com vocês. Ele... Raul Seixas.
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